Os motores elétricos são responsáveis por grande parte da energia
consumida nos segmentos onde seu uso é mais efetivo, como nas indústrias, onde representam
em média mais de 50% do consumo de eletricidade dessas instalações. São,
portanto, equipamentos sobre os quais é preciso buscar, prioritariamente, a
economia de energia.
Nos motores elétricos as operações de controle de materiais e
equipamentos têm na sua maioria um efeito direto sobre o estudo mecânico e
elétrico destes equipamentos, agindo direta ou indiretamente sobre seus
rendimentos. Apresentamos ações que, se adotadas pelos técnicos de manutenção,
resultarão na melhoria do rendimento dos motores existentes em suas
instalações, proporcionando economia de energia elétrica.
- Ventilação Adequada:
Nos
motores auto-ventilados, o ar de resfriamento é fornecido por um ventilador
interno
ou externo acionado pelo eixo do motor. O fluxo de ar arrasta consigo poeira e
materiais leves que obstruem aos poucos as aberturas ou canais e impedem a
passagem do ar e a dispersão normal de calor, o que aumenta fortemente o
aquecimento do motor. Por outro lado, é comum encontrar nas indústrias motores
instalados em espaços exíguos que limitam a circulação do ar, provocando
aquecimentos excessivos.
- Variação de tensões;
O equilíbrio térmico de um
motor é modificado quando a tensão de alimentação varia. Uma queda de tensão
limita o fluxo do circuito magnético, reduzindo as perdas no ferro e a corrente
em vazio. Porém, o conjugado motor deve superar o conjugado resistente, para
impedir o aumento excessivo do escorregamento. Como o conjugado motor é função
do produto entre o fluxo e a intensidade da corrente absorvida, se o fluxo
diminui a intensidade da corrente aumenta. Com a corrente em carga aumentada
pela queda de tensão, o motor se aquecerá, aumentando as perdas.
- Degradação dos isolantes térmicos;
·
A vida útil de um isolante pode ser
drasticamente reduzida se houver um sobreaquecimento representativo do motor. As
principais causas da degradação dos isolantes são: sobretensão de linha, sobreintensidade
de corrente nas partidas, depósito de poeira formando pontes condutoras, ataque
por vapores ácidos ou gases arrastados pela ventilação. Para prevenir a
degradação desses isolantes, recomendamos no quadro abaixo algumas medidas a
serem tomadas:
·
·
Equipar
os quadros de alimentação com aparelhos de proteção e comandos apropriados e
verificar
·
periodicamente
o seu funcionamento.
·
Aproveitar
os períodos de parada dos motores para limpar as bobinas dos enrolamentos.
·
Caso
necessário, instalar filtros nos sistemas de ventilação dos motores,
proporcionando-lhes
·
manutenção
adequada.
·
Colocar
os motores em lugares salubres.
·
Verificar
qualquer desprendimento de fumaça.
·
Verificar
periodicamente as condições de isolamento.
·
Equipar
os motores com dispositivos de alarme e proteção contra curtos-circuitos.
·
Observar
ruídos e vibrações intempestivas.
·
Observar
sinais de superaquecimento e anotar periodicamente as temperaturas durante a
operação.
·
Observar
o equilíbrio das correntes nas três fases.
·
Verificar
se a frequência prevista para o motor é realmente igual à frequência da rede de
alimentação.
- Lubrificação correta dos Mancais.
É importante saber que a
uma temperatura de 40ºC, a vida útil de um rolamento de esferas em
funcionamento contínuo pode ser de 3 a 4 anos ou mais. No entanto, para cada
10ºC de elevação da temperatura de trabalho a vida útil diminui, em média, 50%.
A correta lubrificação dos rolamentos, além de permitir uma melhoria de rendimento,
evita a elevação da temperatura que prejudica a vida útil desses equipamentos. A
lubrificação dos rolamentos é feita geralmente com graxa mineral. Quando as temperaturas
de operação forem elevadas (de 120ºC a 150ºC) ou as velocidades de rotação
forem acima de 1.500 rpm, usa-se óleo mineral para a lubrificação. Esses óleos
devem ter características lubrificantes adequadas às condições de trabalho. Nos
motores de pequena potência, a lubrificação inicial na montagem é prevista
de modo a assegurar um
número elevado de horas de funcionamento. Às vezes, a reserva de graxa é
suficiente para toda a vida útil do equipamento. Nos motores maiores há
necessidade de lubrificação externa. A frequência de lubrificação depende do
projeto dos mancais e das características dos lubrificantes utilizados. No
quadro abaixo são apresentadas algumas
recomendações que podem
garantir maior vida útil para os rolamentos e um menor consumo de energia.
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